Documentário “Os Predim é Nóis” incentiva a participação de jovens moradores da periferia no projeto
De acordo com a pesquisa global de Entretenimento e Mídia da PwC, uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria do mundo, o mercado de mídia e entretenimento no Brasil deve crescer 4,7% até 2025. Por isso, a formação em audiovisual aparece como uma boa opção de carreira, embora isso ainda represente um investimento elevado ao qual nem todas as pessoas têm acesso. “As pessoas têm necessidade de se informar e de se entreter e, atualmente, com a popularização de tantas redes sociais e plataformas de streaming, o volume de produções audiovisuais é cada vez maior. Surge aí uma grande demanda do mercado por profissionais qualificados que possam produzir conteúdo de qualidade, atendendo bem a distintos públicos”, explica a produtora executiva e proponente do projeto “Os Predim é Nóis”, Dalila Pires.
Para ela, os jovens de hoje serão os profissionais de amanhã. “De forma geral, vejo que existem muitos cursos e capacitações na área do audiovisual, seja de modo presencial ou on-line. Em via de regra, são cursos pagos. Mas acredito que isso não impede um jovem periférico de ter acesso a conteúdos na área, já que sempre existem iniciativas de capacitação gratuita, além do Youtube que, atualmente, é um ótimo local para se aprender algo novo. Hoje em dia, temos a tecnologia do nosso lado, o que precisa mesmo é querermos dar o primeiro passo”, acrescenta.
O projeto
“Os Predim é Nóis” é o projeto de um documentário que selecionou jovens do Residencial São José para atuarem como co-diretores do filme. “A ideia surgiu da roteirista e diretora Mônica Veiga, que acredita ser importante trazer pessoas de dentro da realidade que será contada, para contribuir na construção da história”, revela Dalila.
Iniciativas como essa, ajudam a dar esperança aos jovens, muitas vezes marginalizados e com pouco acesso à informação. “Quando eu era mais nova sempre tive ideias de fazer vídeos, mas onde eu morava não tinha oportunidade de crescimento nessa área. Aqui, em BH, tenho muitas oportunidades e agora com esse documentário eu posso evoluir e aprender muito”, revela Mônica Alves, uma das selecionadas para co-dirigir o filme.
Além disso, os jovens poderão conhecer mais sobre o universo do entretenimento e ter uma experiência a mais no currículo. “Eu sou Influenciador, então esse documentário pode me ajudar muito a já ter uma experiência e já saber como é uma gravação com mais planejamento, e já saber lidar com as situações de bastidores”, comemora Yago Alves, também selecionado para co-dirigir filme.
Fonte: Dalila Pires, Produtora Executiva, proponente do projeto “Os Predim é Nóis”.
atualizado em 12/09/2022 - 12:51