Sexóloga revela como o assunto deve ser tratado para evitar julgamentos e preconceito, no mês internacional da mulher.

Março é o mês voltado para homenagear as mulheres, e um assunto que ainda chama atenção na sociedade é a liberdade sexual feminina. Com o passar do tempo, o tema passou a ser tratado mais abertamente, porém algumas pessoas ainda se chocam ao deparar com o assunto.

A psicóloga e sexóloga Sônia Eustáquia explica que viemos de uma sociedade que era regida pelo patriarcado e que a mulher era somente para servir o marido e procriar. “Mesmo que hoje consigamos debater sobre, alguns indivíduos mostram resistência acerca do assunto, isso ocorre por conta das raízes daquela antiga sociedade machista”.

Ela acrescenta que a imagem da mulher sempre foi ligada ao sagrado, o corpo era um templo e jamais poderia ser tocado por qualquer homem. “Existia a ideia que virgindade era sinônimo de pureza, a mulher tinha que ter a primeira relação com o marido, ela precisava o satisfazer, o prazer dela não importava. Agora, elas conseguem entender que também merecem sentir prazer durante as relações e percebem a necessidade de conhecer seus desejos e o próprio corpo”, declarou a especialista.

Ainda de acordo com a sexóloga, se relacionar sem precisar corresponder a expectativas românticas ou reprodutivas permitiu que as mulheres começassem a se compreender como seres sexuais, que têm desejos, fantasias e vontade de gozar, sem ficar lembrando o tempo todo que não importa o que os outros pensam.

Masturbação feminino: tabu sem fim?

Quando o tema é masturbação, a discussão é ainda mais complicada. Enquanto para os homens é algo natural, normal, para as mulheres ainda é um desafio. “Ela é vista como tabu. Muitas meninas quando criança, foram ensinadas que tocar as próprias partes íntimas era feio, errado. Além disso, o órgão genital feminino é mais complexo, não está exposto como o masculino. Logo, também há uma dificuldade de se tocar e conhecer seus pontos de prazer”, esclarece Sônia.

De acordo com a sexóloga, a masturbação da mulher deve ser encarada como algo normal e benéfico. “É um processo natural, faz parte da evolução sexual de todo ser humano. Ela promove autoconhecimento, ajuda a conhecer os pontos de prazer e proporciona mais segurança na hora da prática. Além disso, fortalece a autoestima”.

Fonte: Sônia Eustáquia é graduada em Psicologia, Psicanalista, pós-graduada em Neuropsicologia, Sexualidade Humana e Docência do Ensino Superior, a psicóloga Sônia Eustáquia atende em Belo Horizonte promovendo saúde e qualidade de vida aos seus pacientes (@psicologasoniaeustaquia).

Foto:Internet


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