Fernando Meira da ONG, nome conhecido pelos trabalhos nas comunidades da RMBH, acredita que tal medida poderá ser um retrocesso: “Eu sou contra o fim da meia-entrada!”

Recentemente, o Ministério da Economia (ME) deixou claro o seu posicionamento a respeito da extinção das regras que determinam a meia-entrada em cinemas do Brasil. A manifestação foi uma resposta a uma consulta pública da Agência Nacional do Cinema (Ancine) sobre o assunto que tanto vem sendo falado e discutido. Para os que defendem a extinção da meia-entrada, não existe uma política clara a respeito da aquisição do passe nos eventos e demais meios de entretenimento público. Já para outras pessoas, o fim dela poderá se tornar um retrocesso, uma vez que muitas pessoas, principalmente de classes mais baixas, acabam tendo acesso a setores da cultura através do benefício, como diz “Fernando Meira da ONG”, pré-candidato a vereador em BH. Para ele que sempre trabalhou em prol das comunidades na RMBH, o fim da meia-entrada representa o maior retrocesso, já que ele conhece jovens e demais pessoas que precisam dela para ter um pouco de divertimento.

De acordo com Fernando Meira da ONG, o maior acesso desses jovens e estudantes, é através da meia-entrada, por isso ele é contra o fim. “Eu sou contra o fim da meia entrada! Ela tem como sua finalidade môr, dar acesso aos estudantes devidamente matriculados em escolas e faculdades. Ou seja, ela serve para facilitar a melhor valorização daqueles menos favorecidos financeiramente e que tem dentro do seu âmago, a vontade de fazer parte da sociedade evoluída. Os estudantes das escolas públicas, estaduais e municipais, que têm menos condições, só conseguem ter acesso em eventos de entretenimento, esportivos e culturais, através dela. Falamos de um benefício previsto em Lei para estudantes e outros grupos sociais. É muito comum surgirem dúvidas por parte de quem se beneficia dele, quando, por exemplo, um estabelecimento nega algum tipo de carteirinha de estudante”, salienta.

Segundo Fernando Meira da ONG, é preciso ser feito um controle de emissões de carteiras de estudante para evitar fraudes. Não é tirando o benefício que se resolverá o problema acredita o agente social. “Existe uma banalização e a falta de controle das emissões das carteirinhas. Assim, sempre quem vai ser prejudicado é aquele ou aquela que está em estado de vulnerabilidade socioeconômica, devido a diversidade de agentes impeditivos. Sabemos que os espetáculos teatrais e musicais, exposições de arte, exibições cinematográficas e demais manifestações consideradas culturais, não podem parar, mas para ter um público ainda maior, é preciso que a meia-entrada continue!

Apenas para a elite?

Além dos estudantes, Fernando Meira da ONG comenta que pessoas maiores de 60 anos de idade, também tem o mesmo benefício. “Além dos jovens, os idosos também têm direito e isso está previsto pelo Estatuto do Idoso, bastando apresentar a cédula de identidade para comprovação etária. Desta forma, não apenas os estudantes de renda menor deixarão de ter acesso, bem como aqueles que hoje são considerados terceira idade. Essa atitude, de acabar com a meia-entrada, demonstra claramente que a cultura, sejam eventos teatrais e musicais, acabam sendo apenas para a elite”, conclui.

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atualizado em 21/08/2020 - 18:09

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