Especialista comenta as principais causas da doença

Com a aproximação do verão e as altas temperaturas na maior parte do Brasil, a tendência é substituir as calças compridas pelas saias, shorts ou os queridinhos vestidos estampados e cheios de movimento. Porém, apesar do calor, muitas mulheres evitam deixar as pernas à mostra, devido a um problema que aborrece com frequência: as varizes e vasinhos.

Sintomas como queimação, câimbra, coceira, sensação de peso e fadiga nas pernas podem ser sinais da doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população mundial sofre com varizes, sendo 70% mulheres e 30% homens. Dependendo da gravidade, elas podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre. As veias mais agredidas geralmente estão nas pernas e coxas.

O médico angiologista, especialista em cirurgia vascular pela SBACV, Guilherme Jonas, esclarece que as varizes são ocasionadas pelo mau desempenho das válvulas dentro das veias. “As veias podem perder a sua flexibilidade e se dilatarem, interrompendo o fechamento das válvulas, ou um fechamento incompleto, com refluxo (sangue no sentido contrário). O sangue desce do coração até as pernas e pés através das artérias e volta pelas veias, por meio das válvulas venosas que dirigem o sangue para cima. Com o fechamento ineficaz das válvulas, o sangue passa a percorrer o caminho inverso e fica inerte dentro das veias, o que causa mais dilatação e mais refluxo, provocando as varizes”, ressalta.

Causas

Guilherme Jonas explica que as varizes costumam aparecer a partir dos 30 anos e se intensificam com o avançar da idade. ”O principal fator de risco para se ter varizes é a ocorrência da doença na família: a hereditariedade ou fator genético. A obesidade, o tabagismo, uso de hormônios, ficar muito tempo em pé ou assentado e a gravidez também favorecem o surgimento de varizes, por dificultarem a circulação do sangue”, revela.

Atualmente, existem diversos produtos que prometem tratar as varizes em casa, porem não há estudos científicos que sustentem essa prática, o angiologista Guilherme Jonas recomenda buscar auxílio de um especialista para que sejam indicados os métodos corretos para  diagnóstico, controle e prevenção da doença.”

Atualmente técnicas a laser podem substituir a cirurgia no tratamento de micro varizes e vasinhos, e até o Endolaser (quando há comprometimento da veia safena), além da espuma guiada por Ultrassom,  capazes de tratar praticamente todos os tipos de varizes”, finaliza Guilherme.

Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG.


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