Crianças em idade escolar sofrem com isolamento social ocasionado pela pandemia

Desde o início da pandemia da Covid 19 no país, milhares de trabalhadores tiveram que trocar o local de trabalho e passar a trabalhar de casa, a fim de diminuir o contágio da doença.

E dentre aqueles que entraram para o grupo do home-office, um dos que mais provavelmente sentiu os impactos dessa nova forma de trabalho foram as mães com filhos pequenos em casa. Isso porque as crianças em idade escolar necessitam de muita atenção e, principalmente, supervisão.

Com as aulas em regime remoto, as mães precisam acompanhar os filhos durante esses momentos, ou pelo menos certificar de perto que a criança está cumprindo com a sua obrigação. Além disso, precisam parar várias vezes para garantir a alimentação, a higiene, o cuidado dentro de casa, visto que o nível de estresse desses pequenos subiu nesses tempos de isolamento, o que em certos casos levam algumas crianças a deixarem a casa – e até mesmo as mães, de cabeça pra baixo.

Certamente, a maioria das mães está quase em seu limite. Sem contar os casos em que as mães precisam trabalhar, mas os filhos não podem ir às aulas, já que a maioria das escolas ainda não possuem previsão de voltar. Ainda assim, existe a preocupação das mães em como os filhos estão em casa, se estão cumprindo com as tarefas ou sendo bem orientados.

Por este motivo, a volta às aulas chega a ser um clamor urgente em muitas casas, pois agora, com o anúncio da vacina no país, as expectativas dessas mães com o retorno se tornam ainda maiores.

“Sabemos que não será imediatamente, porque os grupos prioritários recebem antes a vacinação. Mas essa notícia foi ótima, porque isso mostra que, em breve, as coisas podem voltar ao normal, sobretudo dentro de nossas casas. A escola faz muita falta para essas crianças, e o seu retorno é muito importante. As aulas presenciais devem e precisam voltar”, afirma Márcia Machado, empresária e mãe de dois filhos.

Apesar das medidas de isolamento, muitas mães optam por levar os filhos às praças e parques abertos, por exemplo, para que essas crianças ainda tenham contato com outras da sua idade e não descarreguem todo o seu estresse em casa. Nesses momentos, o cuidado ainda deve ser crucial.

Máscaras devem ser usadas o tempo todo durante as brincadeiras, mesmo em ambientes abertos. Certificar que as crianças também não estão em grupos muito numerosos também é importante para evitar a disseminação dos vírus.

Caso as mães, pais ou responsáveis tenham tempo para supervisionar, o ideal é chamar a criança para higienizar as mãos a cada 30 minutos, para que diminua a probabilidade de contágio e as normas de higiene continuem vigorando mesmo nessas ocasiões.

Meu filho não quer tomar a vacina, o que fazer?

É normal que crianças menores tenham mais resistência à vacinação, por causa de dor, desconfortos e até mesmo medo. Mas neste momento, é necessário conversar com a criança, e mostrar para ela os benefícios que ela terá quando se vacinar contra a Covid 19.

O ideal é estimular a criança que a vacinação trará benefícios para ela, como poder voltar à escola para rever seus amigos ou brincar normalmente com seus coleguinhas, sem o uso da máscara, por exemplo. Isso pode animar os ânimos dos pequenos.

Outra dica é abordar porque a vacinação é importante, pois assim ela estará protegendo a si mesma e também as pessoas que ela mais ama, como os seus familiares e amigos.

Trate de forma clara com a criança quando ela questionar de dor, e tente contornar a conversa, dizendo que pode ser só uma “picadinha”, mas que ela ficará muito saudável depois disso.

Dialogue com a criança sobre o assunto sempre que ela perguntar sobre, para que assim ela consiga tomar consciência da necessidade da vacinação, e quem sabe, alertar também as pessoas a sua volta para fazerem o mesmo.

Fonte: Márcia Machado, empresária, influenciadora digital e moderadora do Grupo Amor de Mãe BH. Casada, mãe de 2 filhos e boadrasta de 2 crianças.


atualizado em 08/02/2021 - 09:20

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